Chamamos de “comer emocional” o comportamento em que emoções negativas desencadeiam a busca por comida. Exemplos não faltam: comer numa crise de ansiedade, quando se sente triste ou mesmo só.
Estamos mais sensíveis na pandemia de Coronavírus. Devido a mudança radical na rotina, podemos sentir desde tédio na quarentena, até insegurança e medo. É aí que o comer alimentar pode aflorar.
Como acontece
Estudos mostram que a exposição a emoções negativas desperta nosso interesse por alimentos ricos em calorias, geralmente os de alta palatabilidade (com muito açúcar e gordura).
Em pesquisa com mais de 400 pessoas durante quatro semanas, analisou-se as preferências alimentares dos participantes entre as refeições principais, bem como as situações de estresse e aborrecimento vivenciadas no período.
Os resultados mostraram que, em meio a incômodos, o consumo de lanches ricos em gordura e açúcar aumentou, enquanto o consumo de vegetais e de refeições principais diminuiu. Nas mulheres com obesidade essa frequência foi ainda maior.
Ou seja, em situações ruins as pessoas trocam seus padrões alimentares por refeições menores e mais frequentes (especialmente lanches ao longo do dia), caracterizando o comportamento.
Sono de má qualidade e depressão reforçam o comer emocional
São muitos os relatos de piora da qualidade do sono e humor mais depressivo durante a quarentena. Aos que apresentam comer emocional, o ganho de peso pode ser bastante significativo, podendo levar a complicações associadas à obesidade.
Embora algumas pessoas com depressão percam o apetite, cerca de 30% dos casos revelam aumento do apetite e ganho de peso.
Como melhorar
Durante o jantar, consuma alimentos que promovam maior síntese de melatonina (“hormônio do sono”) e serotonina (“hormônio do bem estar”), como aveia, bananas, leite e derivados.
Mesmo em quarentena, pratique exercícios e desenvolva meios de tolerar melhor as situações estressantes (a terapia cognitiva comportamental pode ajudar nisso!).
Lembre-se que a pandemia vai passar. Já as situações que podem nos incomodar vão surgir vez ou outra. Aprender a lidar com elas é fundamental dentro e fora da quarentena. Por isso, continue contando com o Sinetrosv!
Fonte: Sinetrosv